A CONFISSÃO


Confesso que foi com alguma surpresa que vi hoje Guilherme Pinto confessar, nas páginas de o "Público", que um carro da frota da autarquia está ao serviço das suas filhas, levando-as e trazendo-as da escola. Não vamos ser hipócritas e aqui perorar sobre a indignidade deste tipo de actos porque todos, ou quase todos, os praticam, usando viaturas oficiais para fins particulares. O que é novo aqui é a confissão. Com isto, Guilherme Pinto provavelmente arranjou um problema - será que pode ser acusado de peculato de uso? - e ao mesmo tempo, ingenuamente ou não, foi de uma sinceridade que até dói num universo onde impera a mentira e, como atrás se disse, a hipocrisia.