Embora por vezes seja confundido com o homem das anedotas, Fernando Rocha já se tornou um caso de estudo da política autárquica nacional.
Vindo do mundo do jornalismo para a Câmara de Matosinhos, para ser assessor de Narciso Miranda, o hoje vereador da Cultura até já foi vice-presidente da Câmara e é o autarca de Matosinhos há mais tempo em atividade. Já são mais de 20 anos como vereador. Primeiro de Narciso, depois de Guilherme Pinto e agora de Luísa Salgueiro.
Sou suspeito para falar do Fernando Rocha pois somos amigos há muitos anos e não se pode criticar muito quem nos oferece livros editados pela Câmara de Matosinhos e estou aqui a escrever, na Comenda, e tenho alguns atrás de mim que consulto com frequência, sobretudo o livro sobre o desporto feminino em Matosinhos que não há muito tempo acertei fazer com quem de direito e que podem encontrar em qualquer livraria de Marte pois em Vénus esgotou.
Vem isto a propósito de aqui querer destacar não direi a resiliência, pois é um termo muito vulgarizada e que nada quer dizer, mas a resistência deste poveiro no poder autárquico de Matosinhos.
O trabalho que tem feito na área da Cultura, de grande consistência e de confiança nas suas equipas, o que é raro acontecer, talvez explique muita coisa.
Não sendo um puro sangue socialista nem um cliente da mercearia local, The Rock ganhou quase o estatuto de intocável e promete atingir a idade da reforma na sua cadeira de sonho. Merece, de facto, estar sentado onde está.
Ele é o sobrevivente que vai vendo os presidentes de Câmara passar em Matosinhos.