Repórter TG marcou um período do jornalismo desportivo

 


A notícia chegou hoje: morreu o Trindade Guedes, aqui na tribo conhecido apenas por repórter TG.

Esta imagem, onde até eu apareço ao fundo, aconteceu, em 2015, no salão nobre da Câmara Municipal de Matosinhos, a propósito do lançamento do livro, da autoria de Germano Almeida e de Elvira Rodrigues, no qual também colaborei com um texto, 'Trindade Guedes o Homem e o Repórter'. Por acaso, ainda ontem, a arrumar as minhas estantes, aqui na Comenda, folheei este livro. Hoje, bem cedo, a notícia chegou.

Há quase uma dezena de anos a lutar contra a doença, o TG não resistiu mais, aos 85 anos de vida. Uma vida cheia que passou sobretudo pela 'Bola Branca' da Renascença, o grande programa de rádio do 'meu tempo'.

O repórter TG era o principal abastecedor do programa e também do seu na onda média da Rádio Renascença. O TG era um verdadeiro TGV das notícias e aproveitava todos os momentos para conseguir um som. Lembro-me da risota que foi quando percebemos que numa assembleia geral da Liga tinha conseguido um exclusivo com Pimenta Machado na casa de banho.

O repórter TG era único. Um chato, sim senhor, pois fazia perguntas que pareciam desnecessárias. Mas era a sua tática: cansar o entrevistado até conseguir o que queria.

Adeus, TG, tenho saudades daquelas 'esperas' a Pinto da Costa nas Antas e dos almoço no Minho profundo com o teu amigo 'Setenta'. Deixas um grande e extraordinário legado de simplicidade, tenacidade e amor à camisola.