PSD mudou o paradigma em Matosinhos com Bruno Pereira, SIM!

 


O PSD nunca meteu a mão no pote no poder autárquico de Matosinhos.

Não é que as perspetivas de um momento histórico sejam boas mas urge relevar a mudança de paradigma sob a liderança do jovem advogado Bruno Pereira, que parece ser também de São Mamede de Infesta (chiça, porra que é demais!)


O PSD, em coligação com o CDS, na AD, nem arrancou mal em Matosinhos. Quando Narciso Miranda foi pela primeira cabeça de lista do Partido Socialista, em 1979, depois de três anos na vereação sob a liderança de Mário Maia (43,2% contra 23% do PSD e 14% do CDS), os laranjas e os falecidos ficaram a pouco mais de três mil votos da vitória e elegeram quatro vereadores e, se bem estão recordados, começou aí a história da geringonça PS/PCP em Matosinhos (alguém copiou muito depois).

Coligados, PSD e CDS viriam a conseguir também resultados expressivos em 2001, salvo erro com Pedro Pinto, um excelente candidato a empurrar automóveis de madrugada na rua Ló Ferreira, em em 2006 com José Sá, que fez o favor de vir da Trofa provar o nosso marisco: 31,4% e 30,89% respetivamente. Em 2005, se bem estão lembrados, foi quando Guilherme Pinto rendeu Narciso Miranda como candidato do PS depois daquela balbúrdia da lota.

De então para cá, foi o descalabro, sobretudo quando, em 2009, Guilherme Aguiar e o seu acompanhante deram a maioria ao Partido Socialista em troco de lugares na vereação (Narciso quase varreu a feira). O Guilherme de Arcozelo ainda iria dar uma mãozinha, já como independente, a Eduardo Vítor Rodrigues, em Gaia, nas eleições de 2013, e ainda continua por essas berças como autarca.


Curiosamente, a maior sova do PSD iria acontecer em 2013, quando nem chegou aos dois dígitos, no tal ano em que Parada foi comido de cebolada pelos seus camaradas. A liderança laranja teve Pedro Vinha da Costa como protagonista. Aqui se provando que há muitos burros em Matosinhos pois Vinha da Costa foi sempre o vereador mais ativo e interventivo de todos os que conheci, para além de ser um grande tribuno que prima pelo trabalho de casa - é daqueles que quando morde nunca mais larga mas, pelo visto, o que se quer é gente mansa e que se contente com o seu naco de queijo.

Tudo isto para aqui chegar.

Bruno Pereira já conseguiu, nas últimas eleições, tirar o PSD, que penso que não terá mais de dar boleia aos falecidos, do coma em que estava (nem a ajuda médica foi suficiente, em 2017).

É jovem, sabe o que quer, não parece estar fadado para ouvir o canto da sereia e pode bem sonhar em colocar de novo o seu partido pelo menos nos bons níveis do início do século. Assim consiga resistir ao típico autofagismo do PSD matosinhense e, claro, a contextos ainda mais complexos que aquele proporcionado por duas candidaturas independentes vindas do universo socialista.

É que se contra um PS já não é fácil, contra três é obra!