A mobilidade em Matosinhos é uma anedota quando não é um problema


 Para e arranca.

Arranca e para.

Há muito tempo que este é o dia a dia dos matosinhenses quando se metem no trânsito. 

Atravessar a ponte móvel, quando esta está funcional, ou atravessar a cidade é uma tortura chinesa.

Matosinhos não evoluiu do ponto de vista da mobilidade. Para atravessar a cidade, apenas temos, no sentido sul norte, a Avenida Serpa Pinto e até esta foi estrangulada, sendo rematada com uma rotunda onde os camiões não conseguiam dar a volta e que agora vai ser reformulada (mais dinheiro para o lixo).

Mais para nascente temos a Avenida D. Afonso Henriques mas também aí se fez uma gincana só para que os automóveis não passassem em frente à Câmara Municipal. E a rotunda do metro é o que se sabe - um verdadeiro garrote. 


Quanto à A28, é o que se sabe também e que a imagem mostra. Pouco se fez. APDL, porém, fez o seu trabalho e alargou a chamada Ponte Grande. Mas a seguir o trânsito regressa às duas faixas e é contido antes do túnel da rotunda AEP por causa dos utilizadores do Norte Shopping. Até conhecemos o ridículo de ter um túnel entre a zona do centro comercial e a A28 a 'bater' numa bomba de gasolina, para já não falar do viaduto, negociado no tempo de Narciso, que passa a cinco metros das varandas de prédios.

Ok, vem aí o metrobus mas é para Matosinhos Sul, onde, como todos sabem, há muitos utilizadores de transportes públicos. Não sei se disse alguma mentira mas se disse foi sem intenção pois adoro os sulistas de Matosinhos e os seus apartamentos com vista para o mar.

Assim vai, ou não vai, o trânsito em Matosinhos. Tal como a política. Para e arranca e parece não sair do mesmo sítio.

Mas, sim, podem ir todos passear para o corredor verde do Leça. De nariz tapado e de galochas.

As fotos são de JOSÉ MODESTO