Tudo ao molhe e fé na APDL

 


Todos devem estar bem recordados do bruá a propósito da obra de extensão do molhe norte de Leixões.

Ele foram cordões humanos na praia de Matosinhos, movimentos de protesto na Assembleia Municipal, entrevistas nas televisões, comissões de acompanhamento, estudos ambientais e outras tretas.

O resultado está à vista: o silêncio geral enquanto a obra se concretiza à vista desarmada, como o demonstra todo este estaleiro já a funcionar.

As escolas de surf da praia de Matosinhos presumo que se acham confortáveis com os acordos conseguidos.

O tal movimento ambientalista perdeu o pio e alguma coisa irá ser ganho.

Na parte que me toca, tudo bem - sempre entendi que esta era uma obra necessária para reforçar a capacidade competitiva do Porto de Leixões e, claro, também para fazer crescer as receitas de uma APDL hoje apenas transformada num grande senhorio de espaços de carga, com destaque para o grande parque de estilha a céu aberto que polui Matosinhos sem que qualquer voz se levante.

Está visto que somos um país de mansos e quando tal não acontece alguém trata de amansar os 'revoltosos'-