O Andy canta bem mas não nos alegra

 


Antes do mais, informo que tenho um T3 com quintal com relva artificial e um lounge no Cabo do Mundo, ao lado da tal nova cidade que a Câmara diz que vai nascer no espaço da refinaria.

As chaminés, a maquinaria e as cisternas ainda estão por cá e por estranho que pareça por vezes sentimos aquele cheirinho de volta.

Esta semana, lá vimos a nossa presidente a dar a mão à Galp e à CCDR (paz à sua alma a partir de 2024!) para o protocolo dito de de cooperação institucional (ainda gostava de saber o que é isso).

O embrulho lá veio com a inevitável transição energética e a descarbonização, numa prometida "solução global" para os 236 hectares de terreno onde foi anunciado um centro tecnológico. Ainda há pouco dias foi anunciado outro para a Madalena, em Gaia, o Porto também anda com as bandeiras ao alto a este nível, e sempre quero ver se há tecnologia suficiente para meter nestes sacos.

O senhor da Galp, que defenderá os acionistas da empresa, lá apareceu a dizer que a Galp, noutros tempos SACOR, quando era do tal estado salazarista que tinha a mania de não ceder aos interesses privados, faz parte da história de Matosinhos, concelho que provavelmente conhecerá tão bem como o de Nisa ou Montalegre. Obrigado, Andy Brown, muito obrigado e não te esqueças que tenho um T3 no Cabo do Mundo, ok?
O master plan (ou quejando) irá ser apresentado lá para o verão. Até lá só vos desafio a multiplicar 236 mil metros quadrados por dois mil euros. E, claro, tenham em conta que tenho...isso, acho que já perceberam.