Joel Cleto é um 'marco' na História de Matosinhos

 


Foi na Câmara de Matosinhos que Joel Cleto, ainda no tempo da presidência de Narciso Miranda, se afirmou como historiador e arqueólogo. Reparem que coloco a História à frente da Arqueologia pois sem a primeira não se faz a segunda.
Na nossa autarquia, Joel Cleto só não fez um trabalho ainda melhor porque o investimento na sua área foi sempre curto. É sempre mais urgente asfaltar uma rua ou chamar os amigos para organizarem um super catering a propósito de um evento da treta. Talvez por isso, Joel Cleto bateu asas e voou, agora a solo, assumindo-se como o grande divulgador da História e do Património sobretudo do Norte do país, sendo apenas...pena que esteja num canal pequeno e tacanho mas até aí o Joel, que veio do Marco de Canaveses, mas afinal não, é um homem da Vitória, essa orgulhosa freguesia da Invicta, foi capaz de não se abrigar apenas num guarda-chuva. As suas palestras, os seus passeios e os seus livros confirmam-no como um comunicador nato com conteúdo também pedagógico. Sinto-me privilegiado por o ter como amigo.

O mesmo digo do arqueólogo Vítor Fonseca, um dos donos de uma das melhores empresas de arqueologia portuguesas, com sede em Santa Cruz do Bispo. Vi-o crescer (e como cresceu!) a jogar à bola com os meus irmãos no redondel da rua 1.º de maio que antes foi 28, quando a zona do jardim Basílio Teles, em Matosinhos, permitia jogatanas e corridas de bicicletas. Matosinhos neste caso soube aproveitar os melhores matosinhenses para 'montar' o pequeno mas luminoso museu da Memória.
Mas a este nível nada se consegue sem o trabalho dos políticos. Mal ou bem, são eles que permitem que as coisas aconteçam. Por isso, justiça seja feita ao vereador Fernando Rocha, que soube sempre perceber que a qualidade dos homens faz a qualidade das realizações.