O que é feito do Zé Pedro?


Como foi tornado público, José Pedro Rodrigues, Zé Pedro para os amigos, só não continuou na vereação porque o partido não deixou. Luísa Salgueiro, oficialmente, até lhe ofereceu os pelouros que tinha: a proteção civil e a mobilidade.
Zé Pedro, e permitam-me tratá-lo assim, chegou à vereação em 2013, quando Guilherme Pinto honrou um acordo pré eleitoral e mesmo com maioria convidou o vereador eleito pela CDU para integrar o executivo. Esta foi a segunda geringonça de Guilherme Pinto, depois da captura dos vereadores do PSD em 2009, quando teve pela frente o 'pai' Narciso Miranda. Em 2013, GP concorreu como independente e foi o autor de uma proeza que dificilmente será repetida: derrotar, com o PS B, o PS A liderado por António Parada.
Em 2017, Luísa Salgueiro, que em 2013 foi a 5.ª da lista de Parada pelo PS A e que nunca entregou o cartão, ganhou mas sem maioria e aí ficou provado que Guilherme Pinto viu muito à frente: o Zé Pedro estava mesmo ali à mão de semear.
Desta feita, interrompeu-se o ciclo na vereação do jovem comunista formado em jornalismo e que se tornou especialista em ciclovias e em bombeiros. O que deixou muita gente socialista consternada. Não foi por acaso que foi o mais aplaudido na posse dos recém eleitos!
Agora que entregou o computador e o Opel Vectra que lhe foi atribuído em 2017, embora não imediatamente, Zé Pedro passou a ser um vereador sem pelouro, tal como António Parada e os dois eleitos da coligação PSD/CDS. Mas estar sem pelouro não significa perder o direito de participar nas reuniões do executivo. Já houve duas e nas duas o vereador comunista teve faltas justificadas, não nomeando alguém para o substituir (como pode ser feito).
Estou bastante curioso em relação ao futuro do Zé Pedro e da CDU na vereação, agora que tem mesmo o Bloco de Esquerda à perna e que não vê jeito de Parada desamparar a loja. Ainda vamos ter em breve uma surpresa, é o que vos digo.