O nosso guardador do rebanho da memória viva


Sou suspeito para falar no Francisco Teixeira, para mim apenas o Nito, com quem brinquei na Travessa da Seara e explorei Bouças de Cima e de Baixo. Em Matosinhos todos o conhecem hoje como 'o fotógrafo da Câmara' mas o Nito é muito mais.
Filho de um autodidata da fotografia que deixou a Matosinhos uma memória não quantificável e da simpática dona Rosinha, irmão do saudoso Armando 'Teixeirinha', o Francisco ainda não viu chegar o momento para sintetizar todo o seu trabalho e também para reunir as suas memórias. Para já, está na luta, como aconteceu este sábado na Casa de Santiago, na inauguração da exposição da coleção de pintura de Cunha e Silva, que aqui vemos ao lado da presidente da Câmara e do pintor José Emídio, um dos grandes das artes.
Eu sei que o Nito não é homem para se pendurar em escadotes sociais e que tem um nível de vaidade próximo da maré zero do ano. Mas também sei a sua lente tem vindo a capturar para Matosinhos toda uma memória que, estou certo, Matosinhos saberá não desperdiçar. Isto já sem falar, claro, na sua qualidade artística e técnica, que aqui e ali nos vai mostrando na sua página pessoal.