Matosinhos e Leça da Palmeira já podem respirar fundo!

Com onze votos a favor, 5 contra e 5 em branco, foi instalada a Assembleia de Freguesia de Matosinhos e Leça da Palmeira e empossado o executivo. A mesa da assembleia passa a ser presidida por Manuel Tavares, pai do extinto presidente da união de freguesias (com 10 votos a favor, 7 contra e quatro abstenções) Não segui toda a cerimónia mas parece que o ex presidente e ainda deputado não foi sequer citado. Ou seja, deixa muitas saudades...

Para Paulo Ramos de Carvalho, um dos poucos socialistas que desde 2013 se manteve fiel ao partido, não o abandonando em qualquer ato de rebelião que noutro contexto jamais permitiria a retoma de cartões, sobra muito trabalho, para recuperar os anos perdidos com ações de fachada e de propaganda. O executivo é praticamente o mesmo mas não será por aí que o trabalho do novo líder da junta será mais difícil pois, tanto quanto sei, há ali uma qualidade que apenas terá estado 'esmagada' pelo ego do antigo capataz.

Desta vez estarei mais atento à atividade da união de freguesias da minha terra também porque tenho a expetativa de que os meus amigos Fernando Machado e Vítor Oliveira, eleitos pelo Movimento de Cidadãos Independentes ANTÓNIO PARADA SIM, contribuam para este novo rumo e tudo façam para que não se governe com sobranceria, como até aqui. Tenho a certeza de que irão continuar fiéis ao movimento que representam, ao contrário de alguns que aproveitaram, em 2017, a nossa boleia para se promoverem a capachos do poder instalado em Matosinhos desde o último quartel do século passado, estatuto de que, Deus o permita, jamais se livrarão.

Matosinhos e Leça da Palmeira, como muito bem já disse Fernando Machado, são duas faces da mesma moeda e merecem, de facto, que este poder de proximidade tenha orçamento, autonomia e liberdade para fazer a diferença, assim o permita o 'poder central', por norma guloso nas grandes obras e projetos, apenas deixando cair algumas migalhas para as juntas. Quando se fala em descentralização e regionalização devia falar-se sempre no aumento da capacidade financeira das juntas de freguesia, os verdadeiros elos entre a população e o poder. Mas essa é outra história que dificilmente irá mudar e à qual provavelmente aqui teremos de voltar.