Foguetório e pirataria


Não há festa sem fogo. Foi assim sábado à noite, nos "Piratas", à volta do Forte de Nossa Senhora das Neves, que apenas nesta altura deixa de ser uma coutada da autoridade marítima. A apropriação de monumentos por serviços do Estado continua a ser uma prática corrente. Recordo-me de um dia ter ali batido à porta para tentar fotografar o interior do forte para um trabalho académico e de levar sopa. O forte funciona, afinal, como uma instalação militar e só com a ajuda dos "Piratas", uma vez por anos, podemos espreitar por dentro da história. Um verdadeiro ato de pirataria e também de pirotecnia, tudo a propósito de um arraial que confirma o seu sucesso de ano para ano, mobilizando não apenas a população leceira.