Sousa & Ferrinha


Para quem não sabe, cá fica a informação. Conheço o José Ferrinha há muitos anos e foi com alegria que o reencontrei há 3 ou 4 e passamos a integrar o mesmo círculo de amigos, um grupo de "jovens" que frequentaram o liceu de Matosinhos. Também conheço o Pedro Sousa mas apenas das lides autárquicas, até porque o Pedro é de outra geração.
Como todos sabem, mesmo os que vêem telenovelas, o José Ferrinha foi indicado pela secção de Leça da Palmeira do PS como candidato à presidência da União de Freguesias de Matosinhos/Leça da Palmeira. A secção de Matosinhos do mesmo partido não indicou nomes mas disse que não via mal nenhum em que Pedro Sousa, nesta altura fora do partido, fosse o candidato. Como vai ser. Nem podia ser de outra maneira, conhecendo-se a proximidade que existe entre Ferrinha e Luísa Salgueiro - o Zé Manel foi provavelmente a primeira pessoa a acreditar na candidatura desta última.
Pedro Sousa leva 8 anos como autarca, os quatro primeiros apenas como presidente da junta de freguesia de Leça da Palmeira, os restantes como líder da união de freguesias. Jovem e ambicioso, fez um trabalho que mereceu elogios e reparos. Quem gosta dele elogia-lhe a capacidade política e o poder de sedução. Quem não gosta costuma argumentar que só pensa em Leça da Palmeira e na sua imagem (abusa bastante, é um facto, dos meios de que dispõe para se projetar!). Ninguém consegue gerar consensos. A verdade é que Pedro Sousa conquistou uma posição de protagonismo na política matosinhense e a sua ambição se calhar vai para além de Matosinhos. Ninguém o pode criticar por isso. Nem José Ferrinha pode ser criticado pelo facto de agora validar a candidatura de Pedro Sousa. Ambos estão há muito no projeto de Luísa Salgueiro, como a secção do PS de Leça da Palmeira deve ter percebido há muito tempo e se não percebeu que vá tomar banho à praia que a água está a 17 graus. O mesmo se aplicando àqueles socialistas hoje muito indignados mas que seguiram processos idênticos quando tinham poder na "mercearia" da Ló Ferreira ou quando esta não dependia do Mercado Abastecedor do Porto. Temos pena.