O "sim!" a que Parada não podia dizer "não"





A notícia da morte política de António Parada era, tal como a de Mark Twain, manifestamente exagerada. O atual diretor técnico da Doca Pesca de Matosinhos, após 14 meses como membro do governo na condição de adjunto do secretário de Estados das Pescas, aceitou mesmo o repto lançado a 8 de abril, no Orfeão de Matosinhos, por um grupo de cidadãos liderado pela professora Emília Fradinho. Parada será candidato a presidente da autarquia numa lista na qual Emília Fradinho é a número dois e o pediatra Aires Pereira o candidato à presidência da Assembleia Municipal. Como todos que andam por aqui sabem, também eu digo "sim!" e digo-o por acreditar que a cidadania pode fazer a diferença. Sem com isto querermos desacreditar os chamados "profissionais da política", acreditamos que Matosinhos precisa de se libertar dos condicionalismos dos partidos (basta ver o que se está a passar no PS local) para poder projetar um futuro mais ambicioso e uma terra que proporcione oportunidades a todos os que nela vivem. António Parada e Emília Fradinho estão bem focados nesse objetivo e vão a jogo sem estar contra quem quer que seja - estão aí apenas por vontade própria, com um um compromisso que nada deve a partidos ou a interesses que normalmente gravitam nesse universo. Já é um excelente acordo de princípios.