Francisco Teixeira, o "Amador" de Matosinhos


A memória de uma terra, nestes tempos de vertigem, quando o ontem se transforma hoje num passado distante, é sempre tudo o que mantém a sua identidade. Por isso, o registo clássico de tudo o que acontece continua a ser o melhor instrumento para essa preservação. O Francisco Teixeira, um rapaz do meu tempo que cresceu na Rua da Seara, continua a, humildemente, sem se por em bicos de pés, fazer o seu trabalho, ao serviço do departamento de imagem da Câmara Municipal de Matosinhos. O seu arquivo é património dos matosinhenses. Tudo o que aconteceu nos últimos 30 anos foi registado pelo "Nito". É nosso porque ele é generoso e nunca quis nada para ele. Sei que os matosinhenses saberão, mais cedo ou mais tarde, valorizar o trabalho que está em curso, aplaudindo quem não corre por aplausos e palcos, amando como poucos a sua terra e as suas gentes.