Antes da Páscoa ainda é o Natal

 

Parece que a concelhia do PS, com uma maioria de 60 por cento, decidiu indicar o seu líder, Ernesto Páscoa, como candidato a presidente da autarquia lá para Outubro de 2017. Não é propriamente uma surpresa. O próprio já tinha feito saber que gostava de ser candidato mas até nem foi disso que se falou quando, recentemente, numa iniciativa do Orfeão de Matosinhos, Páscoa se encontrou com Luísa Salgueiro na rua Brito Capelo. Pude testemunhar que não houve qualquer tentativa de atirar alguém para a linha do metro, conforme ajudar a explicar esta foto do Mário Rega Santos...
Ora, todos sabemos também que a direção do PS e a distrital querem que a candidata do PS seja Luísa Salgueiro. A própria já está no terreno a marcar a sua posição, como é legítimo.
Todos sabemos também que a implosão, embora controlada, do PS de Matosinhos começou com uma guerra entre Narciso Miranda e Manuel Seabra. O primeiro lançou vários petardos na direção do segundo mas todos (de Henrique Calisto a Guilherme Pinto) falharam. Seabra ganhou a concelhia e consolidou aí o seu poder. Teria sido o presidente da câmara se não tivesse acontecido o incidente da lota, ainda hoje por deslindar completamente. Foi aí que a liderança da câmara cai nos braços de Guilherme Pinto. Seguiram-se 4 anos de alguma tranquilidade mas a seguir António Parada, vindo a da presidência da junta principal do concelho, atacou. E perdeu estrondosamente como candidato indicado pela concelhia do PS de Matosinhos.
Com isto, podemos concluir que nem sempre é boa para o PS de Matosinhos a indicação de um candidato. O PS cá da terra fez tudo parar gerar a desconfiança da direção distrital e central. Por isso é que António Costa e Manuel Pizarro jogaram na antecipação e deram luz verde a Luísa Salgueiro, antiga vereadora e deputada no ativo, para avançar. Como julgo que irá acontecer porque antes da Páscoa de 2017 ainda teremos o Natal de 2016, para desgosto dos ressabiados e frustrados do costume que aderem ao núcleo do PS de Matosinhos movidos apenas por interesses pessoais.

Poucas horas depois da tal reunião do PS para indicar prematuramente um candidato, aconteceu isto num restaurante de Matosinhos. Acho que é desnecessário fazer mais comentários.