Oliveira Lopes: partiu um camarada

Morreu este sábado, no meu dia de anos, um velho camarada das bancas das redações e um matosinhense que legou à sua história dois livros que durante muitas gerações irão ser consultados, onde deixou plasmado o sentir, o viver, o cantar e o falar dos pescadores de Matosinhos. Conhecia o Oliveira Lopes desde pequenino e passei a conhecê-lo melhor quando fui seu colega, durante quase três anos, no Jornal de Notícias. Era um jornalista desconcertante. Recordarei sempre a sua crónica relativa à viagem até Atalanta, onde se realizavam os Jogos Olímpicos. Duas páginas deliciosas em formato ainda gigante que tive o privilégio de ser o primeiro a ler. Pai dedicado, Oliveira Lopes era também o homem da Rua do Cu Tapado, vulgo Comendador Camacho Teixeira. A notícia saiu hoje no JN, entre as breves e o andebol e sem que Oliveira Lopes merecesse ser tratado pelo seu nome próprio. É assim a vida. O funeral realiza-se esta segunda-feira, às 16 horas, no Tanatório de Matosinhos.