Folclore


Quando pensamos que já vimos tudo, eis que somos surpreendidos.
Diz o nosso presidente da câmara que nós, os cidadãos de Matosinhos, ou melhor, aqueles que pagam impostos e não vivem de subsídios do Estado, contribuímos com 1/4 do orçamento da autarquia via IMI. Confirmo: este ano contribuiu com pelo menos 600 euros...
O que nos oferece GP? A possibilidade de escolher as obras públicas.
Eis as minhas sugestões:
- O corte mensal da relva do meu jardim pelos respectivos serviços.
- Uma plataforma e duas pranchas na praia do aterro.
- O nivelamento das tampas de esgoto da minha rua.

O poder pelos vistos caiu na rua em Matosinhos. A mesma autarquia que há três anos se esfalfa para arranjar 3 quilómetros de marginal pede-nos agora uma contribuição.
Temo o pior quando chegar a vez do José Modesto.

Isto não é populismo, meus amigos. Isto é fazer de todos nós estúpidos. Não é difícil perceber que isto não passa de folclore. É mais que sabido que o povo não participa no processo democrático e que este é e continuará a ser uma coutada de quem vive da política.

Poupem-nos, por isso, a estes filmes típicos da silly season ou de presidentes de junta que reúnem em confeitarias. Cuidado com as imitações - por norma não resultam...