ELEIÇÕES

Esta semana, aqui no café onde costumo abancar, falava com os meus amigos da rua de eleições. Mais uma vez forcei a nota e defendi uma tese de há muito que passa por apenas conceder o direito de voto a quem paga impostos, tirando esse direito a quem nunca se colectou ou àqueles que de alguma forma ludibriaram o Estado e feriram os cidadãos, tendo sido condenados por isso. Sei que é uma tese muito radical e completamente fora de modo nestes tempos liberais mas se repararem bem na hoje muito festejada 1.ª República o direito de votar era um direito de uma elite, dela estando afastadas as mulheres e os analfabetos, entre outros. Vão já começar a dizer que sou um pedante e peras mas, se me permitirem, vou tentar fundamentar o meu pensamento: numa empresa só votam os accionistas e nem todos. Ou seja, quem investe e quem arrisca. Quem ganha e quem perde. Sendo assim, os 700 mil assalariados da função pública também não deviam votar. Estão envolvidos de alguma forma, estão conotados com os poderes, estão contaminados... Provavelmente não me fiz entender mas confesso que me custa participar nesta solenidade na qual até atrasados mentais podem votar.