SOBRE A ISENÇÃO

Há palavras que andam na boca de toda a gente e cujo sentido por norma é desvirtuado.
É o caso da palavra "isenção".
Um dos anónimos comentadores deste blogue usou-a hoje como arma de arremesso, pensando que me podia atingir insinuando que não sou isento.
De facto, não sou.
Nem quero ser.
Aliás, desprezo quem tenta ser.
A isenção é uma qualidade dos fracos e dos néscios.
São isentos porque nada sabem ser.
Dizem-se isentos porque entendem que não ser isento é não pertencer à respectiva tribo e partilhar certas ideias num universo de idiotas.
Não, não sou isento.
Gosto e não gosto.
Adiro ou não adiro.
Apoio ou não apoio.
Porquê? Bem, porque estou por aqui, observo, analiso e sintetizo.
Contra mim tenho muitas coisas.
Não sou filiado num partido.
Não sou funcionário público.
O meu posto profissional não depende de políticos.
Pago os meus impostos e contribuições.
Não vou à missa.
Tanto posso apoiar um candidato do PSD como um do PS, o que, confesso, para muitos é demasiada areia para tão pequena camioneta (vulgo capacidade craniana).
Eu não me isento.
Assumo.
O que, de certo modo, explica o sucesso deste espaço. Onde tantos vêm mesmo com a certeza que vão encontrar opiniões e perspectivas de um tipo abominavelmente não isento.
Obrigado por me perceberem.
São estes momentos que gratificam o esforço de estar por aqui.