A ÚLTIMA "AM"

Ontem fui com o meu amigo Modesto - dá sempre jeito andar acompanhado por um ranger, em especial o primeiro do curso dele... - há última assembleia municipal do corrente mandato. Cheguei mais ou menos no ponto 8 mas ainda a tempo de ouvir Guilherme Pinto, usando o seu timbre de barítono alto, afirmar que em breve vamos deixar de ter casas no meio da refinaria da Petrogal. Sempre a comandar a sessão, o presidente da Câmara apenas deixou Nuno Oliveira trocar algumas coisas por miúdos, enquanto foi mudar a água às azeitonas. Em boa forma, o líder autárquico chamou "vigarice" a quem anda a vender que a CMM tem uma dívida superior a 100 milhões de euros, numa clara indirecta para o seu ex-chefe, e sorriu quando uma deputada do PSD o comparou a José Sócrates. "Tomo isso como um elogio e, sinceramente, gostava de ter a capacidade do nosso primeiro-ministro", disse, já em fim de festa. Corrido o pano ainda deu para trocar impressões com o José Avelino e para falar um pouco de futebol com o Fernando Rocha. Foi também a estreia da minha sobrinha Inês nestas palpitantes coberturas jornalísticas e acredito que ela vai gostar. Parece que está encontrada a herdeira do grande império de comunicação social do Matosinhos Hoje... Uma nota final para o litigante da noite, o deputado Fernando Queirós, do Bloco de Esquerda, autêntica carraça a morder no flanco do PS. Quanto à restante oposição de direita - que a de esquerda ainda se fez ouvir... -, teclava nos computadores e começava a contar carneirinhos.