UM PONTO NA SITUAÇÃO

A coisa está a compor-se.
Narciso está declaradamente no terreno, o seu séquito a aumentar e a propaganda preparada. Já começou a captar adeptos entre aqueles que vão comprar coissants à Maurícia.
Guilherme Pinto continua na expectativa. O presidente da Câmara sabe que vai ter a máquina do PS do seu lado e até o Engenheiro Máximo. Esta gestão do timing permite-lhe também acertar uma equipa na qual parecem certas as saídas de Nuno Oliveira e Joana Felício.
O PSD mantém-se a correr por fora. Menezes está a tentar empurrar Marco António mas o seu ex-mais-que-tudo anda a fazer contas às sondagens e se avançar será só depois do Senhor de Matosinhos.
Quanto à CDU e ao Bloco de Esquerda, não há notícias. Com Honório Novo descartado pelo comité central, tudo velho na estratégia dos comunitas, que em Matosinhos funcionam por inércia. O Bloco, esse, já nos habituou a alguma letargia. São partidos que não contam para o totobola na luta PSD-Narciso-PS.
Resta saber se não surge mais uma candidatura independente, apoiada por algumas das mentes brilhantes de Matosinhos, direccionada para os votos da classe A e B e capaz de partir o habitual mapa da distribuição de votos, não se quedando pelas migalhas e reclamando uma fatia.
Tudo isto quando ao PdL chegam ecos que dão conta de que Guilherme Pinto vai apresentar uma equipa "arrasadora" e projectos de grande dimensão para o concelho consagrados pelo soberano do reino. Portanto, o dux de Matosinhos tem de cuidar-se pois parece que não tem pela frente um passeio...
Falta também o PSD definir a sua figura de cartaz e a sua estratégia. Pela cara do primeiro se verá a sua intenção e qual a sua força, neste momento calculada em 24% dos votos.
Não falei do CDS pois não vale a pena. Não tem expressão em Matosinhos e durante os últimos quatro anos ninguém o ouviu falar. Que saudades de Horácio Torre...