O MITO DO METRO

O denominado Metro do Porto deu um prejuízo brutal no último ano, tão brutal que a minha memória RAM nem conseguiu fixar o número. Apesar de tudo, os autarcas da Região Metropolitana do Porto continuam a reclamar mais metros e quilómetros desse trôpego transporte que anda por aí a complicar o trânsito. Obviamente, quem criou esta monstruosidade desnecessária, e que podia muito bem ser substituído por uma boa rede dos STCP e até por uma maior eficácia da CP, não pode agora cascar num projecto ainda mais insolvente que a Quimonda e que nos próximos anos continuará a mamar dinheiros públicos. Não bastava o facto de ter ocupado o tabuleiro superior da ponte D. Luiz, proporcionando mais umas tantas empreitadas, este Metro que conhecemos nada tem a ver com o verdadeiro Metro que existe, por exemplo, em Lisboa.Esse, sim, um transporte rápido e eficaz, que não anda por aí a complicar o trânsito. Não bastasse tudo isto e verificamos todos que a rede deste aborto de Metro é má e vai ao sabor dos ventos, com cada um a puxar para o seu lado. Só assim se percebe que Leça da Palmeira, zona por excelência do Grande Porto, com um grande parque urbano, a Exponor e a Petrogal, tenha ficado de fora enquanto a Maia deixou de andar de cu tremido. A grande anedota acaba por ser o que fizeram da antiga linha da Póvoa, onde o Metro pelos vistos consegue ser mais lento que o comboio. Uma tristeza que apenas tem servido para alguns complementos de ordenados dos nossos autarcas e da qual já não há emenda. Como ele se move e anda por aí, temos mesmo que levar com o último assassino da outrora palpitante Brito Capelo, um meio de transporte lento e muito caro não apenas para o utente ocasional.