POSTA 100


Sendo este a posta 100 desde a refundação do PdL, causada por distúrbios emocionais e políticos, pensei muito a quem é que a devia dedicar.
Pensei primeiro em mim mas não sou notícia excepto quando estou a fazer a barba (o que nem sempre acontece).
Pensei no Rafael mas ele emigrou ali para os lados da circunvalação e está, ao que consta, completamente 'in love'. É a versão a ternura dos 40 em monovolume.
Pensei nos leitores e nos seguidores do PdL mas se calhar não merecem pois raros são os que dão a cara especialmente quando ameaçam ir ao focinho de alguém que identificam.
Pensei no meu amigo Jorge Punk, que é ferrinho por aqui e está sempre presente, mas temo que se venha a tornar novamente jeová e fica para a próxima (a propósito, penso sempre nele quando ligo o gás).
Ok, vou dedicar esta posta 100 ao nosso Beto.
O melhor guarda-redes português, obviamente depois do Berger.
Não sei porque estão todos tão preocupados com o facto de não ter sido chamado por Carlos Queiroz para a selecção. Estar presente numa equipa comandada pelo professor seria apenas desprestigiante para o "nosso Beto". Jogar nesta selecção é pior que jogar na Liga Intercalar.
Não foi preciso a exibição contra o Trofense para Beto nos convencer da sua excelência. Já sabemos que é muito bom entre os postes. Não sabíamos era que também chora, como aconteceu quando a claque cantou o seu nome após uma enorme defesa. Reparem na imagem dele: o equipamento cheio de lama, os olhos concentrados na bola, toda uma leveza de um ser adaptado ao lugar e apto para o ofício, numa plenitude difícil de alcançar, só ao nível de uma visita ao rancho das coelhinhas.
São quatro letras apenas: B-e-t-o. Também podia ser Betinho. O nosso Betinho. Já sabemos que vai partir no final da época - falta saber se para o FC Porto, se para o Benfica... - e começamos todos a ter saudades das suas defesas e da sua alegria de jogar.
A perspectiva de ver Berger a defender a baliza leixonense não é propriamente animadora mas tenho a certeza que pelo menos vai ser divertido.

Quanto ao nosso Beto, toda a sorte do mundo. Que os croissants da Dallas e o cigarrito subsequente te continuem a inspirar.