A suprema grandeza de quem nunca quis ser grande

 


Alguém me dizia no sábado 'não sabia que o Nito tinha tantos amigos'. Eu sabia pois conheço o Francisco Teixeira desde tenra idade, exploramos juntos os caminhos de Bouças de Cima e de Baixo e jogamos à bola na Travessa da Seara.

O Nito sempre me acompanhou na vida. Nunca perdemos o contacto. Às vezes mais perto, outras nem por isso, mas sempre mantendo o laço. O que não é fácil. Quantos amigos já perdemos por inércia? Eu lamento algumas perdas, outra nem por isso...



A primeira exposição do Nito reuniu a nata dos seus amigos e, como não podia deixar de ser, foram chamados para junto de si aqueles que mais acompanharam o seu percurso: a sua família, claro, e os autarcas e colaboradores da autarquia de Matosinhos que nunca o viram como um funcionário.

A 'Lente de Matosinhos' tem a doença do excesso de humildade mas não seremos nós a curá-la. Espero que a partir de agora perca a vergonha de mostrar o seu trabalho, ele que é o grande documentarista da história de Matosinhos nos últimos 30 anos. Assim saiba Matosinhos continuar a reconhecer o seu trabalho e sobretudo o seu caráter e a sua humanidade, bem ilustrada na foto de capa, que regista o momento em que a emoção o envolveu.

E, claro, são nossas aquelas noites não muito distantes que passamos no 'Batô', a fiscalizar o fecho da discoteca.