O adeus de Olga Maia provavelmente peca por ser um bocadinho exagerado

 


Confesso que pensei inicialmente que era apenas mais um convite para um show no Café Lusitano do meu amigo Mário Carvalho mas não. Este é um convite para o jantar de homenagem à engenheira Olga Maia, que conheci relativamente bem enquanto foi presidente da junta de Perafita, onde a encontrei em 2017 durante a campanha eleitoral, quando duas caravanas coincidiram no mesmo local. "Isto aqui é tudo meu", disse-me a Olga, quando saiu do descapotável. Como tal, pus-me de imediato ao fresco. Não me chamo Belmiro e tenho uma filha para criar.
Olga Maia foi uma grande presidente de junta em Perafita. Os perafitenses, e não só os fanáticos do cartão rosa, sabem-no bem como foi difícil começar a afirmar uma freguesia que esbarrava em Leça da Palmeira e não chegava a Matosinhos. A seguir a Olga Maia, Rui Lopes também fez aqui, e digo 'aqui' porque resido na freguesia há 15 anos, um bom trabalho.
Esta homenagem não é propriamente uma boa notícia para a homenageada, digo eu agora. Depois de quatro anos como elo de ligação das uniões de freguesia com a Câmara, a antiga presidente da Matosinhos Habit - onde comprovadamente também fez um excelente trabalho - está aparentemente de saída do círculo do poder de Matosinhos. Mas acredito que não deixará de estar atenta e sempre por perto, tanto mais que do Cabo do Mundo ao Pampelido, sem esquecer o Freixieiro, isto aqui é tudo dela. Digo eu sem me desmentir.